A INTERSECCIONALIDADE DA MULHER NEGRA E A SUA (IN)VISIBILIDADE NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.21207/1983.4225.1204Palavras-chave:
Mulheres negras, Interseccionalidade, Cultura do Poder, Acesso à educação.Resumo
Tendo em vista as diversas raízes históricas que ainda norteiam as mulheres negras, o presente estudo se dá na medida em que visa aferir se esse grupo possui visibilidade, ou não, no ensino superior brasileiro. Desse modo, através da teoria interseccional, a referida pesquisa poderá evidenciar duas formas específicas que subordinam as mulheres negras nos diversos espaços sociais, verificando como sua raça e o seu sexo influenciam diretamente na subalternidade do grupo em questão, especificamente quanto se vislumbra a seara educacional. Assim, tal análise utilizará do método de raciocínio dedutivo, amparado pela abordagem qualitativa e bibliográfica, que partirá de premissas globais que tendem a evidenciar a interseccionalidade vivenciada pelas mulheres negras, para que se cheguem às premissas específicas, observando se tais influências tem afetado ou não o acesso educacional superior da comunidade em questão. Por fim, narrada tal problemática, em consonância com o aparato metodológico, o estudo poderá responder se a luta feminista negra tem logrado êxito ou não na busca por uma educação equânime, evidenciando se tal comunidade, ao menos sob o ponto de vista educacional, tem atingido sua visibilidade no referido espaço de grande poderio intelectual.
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