A INTERSECCIONALIDADE DA MULHER NEGRA E A SUA (IN)VISIBILIDADE NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO

Autores/as

  • Andréa das Graças Souza Camacho Gimenez GARCIA Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Frutal/MG
  • Rhaissa Lobato de Lima MUNIZ Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Frutal/MG
  • César Augusto ZACHEO Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Frutal/MG

DOI:

https://doi.org/10.21207/1983.4225.1204

Palabras clave:

Mulheres negras, Interseccionalidade, Cultura do Poder, Acesso à educação.

Resumen

Tendo em vista as diversas raízes históricas que ainda norteiam as mulheres negras, o presente estudo se dá na medida em que visa aferir se esse grupo possui visibilidade, ou não, no ensino superior brasileiro. Desse modo, através da teoria interseccional, a referida pesquisa poderá evidenciar duas formas específicas que subordinam as mulheres negras nos diversos espaços sociais, verificando como sua raça e o seu sexo influenciam diretamente na subalternidade do grupo em questão, especificamente quanto se vislumbra a seara educacional. Assim, tal análise utilizará do método de raciocínio dedutivo, amparado pela abordagem qualitativa e bibliográfica, que partirá de premissas globais que tendem a evidenciar a interseccionalidade vivenciada pelas mulheres negras, para que se cheguem às premissas específicas, observando se tais influências tem afetado ou não o acesso educacional superior da comunidade em questão. Por fim, narrada tal problemática, em consonância com o aparato metodológico, o estudo poderá responder se a luta feminista negra tem logrado êxito ou não na busca por uma educação equânime, evidenciando se tal comunidade, ao menos sob o ponto de vista educacional, tem atingido sua visibilidade no referido espaço de grande poderio intelectual.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Andréa das Graças Souza Camacho Gimenez GARCIA, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Frutal/MG
    Doutora e Mestre pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (UNESP-Franca). Graduada pela Faculdade de Direito de Franca (1996). Habilitada para o Magistério pelo Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (CEFAM) em 1992. Docente concursada da Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Frutal (UEMG Frutal), com as disciplinas Direito Empresarial, Terceiro Setor, Monografia e Metodologia da Pesquisa Científica. Chefe eleita do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas da UEMG Frutal até 26 de maio de 2019. Coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica (Estágio) da UEMG/Frutal. Membro do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Direito da UEMG/Frutal. Coordenadora do Cursinho Preparatório pré-vestibular da UEMG/Frutal. Coordenadora de Monografia Jurídica. Pesquisadora líder do Núcleo de Estudos em Direito Empresarial (NEDE), Núcleo de Estudos em Gestão e Impactos Ambientais (NEGIA), cadastrados no diretório CNPq, atuantes na UEMG/Frutal. Membro pesquisador do Grupo Terceiro Setor em Pesquisa da UEMG/Frutal, também no diretório do CNPQ. Experiência como docente das disciplinas Introdução ao Estudo do Direito, Direito Cambiário e Instituições de Direito Público e Privado. Experiência como coordenadora de Núcleos de Assistência Judiciária Gratuita. Editora e revisora de revistas jurídicas. Membro do Conselho Editorial da Gráfica e Editora Composer. Experiência como Presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA- Portaria n. 010/DG/2007). Pesquisadora nas linhas de pesquisa: "Terceiro Setor", Governança Pública e Empreendedorismo", "Políticas Públicas e sua eficácia frente aos interesses sociais" e "Relações sociais e ordenamento jurídico". Coordenadora e idealizadora de projetos como Universidade para Melhor Idade, Alfabetização para Adultos e Centro Cultural para Juventude.&nbsp
  • Rhaissa Lobato de Lima MUNIZ, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Frutal/MG
    Graduanda em Direito pela Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG - Unidade Frutal. Membro do grupo de estudo, certificado pelo CNPq “IRIS”: Igualdade, Reconhecimento e Inclusão Social. Integrante do Coletivo Àgora Negra na UEMG/FRUTAL.
  • César Augusto ZACHEO, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Frutal/MG
    Bacharel&nbsp do em Direito pela Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG - Unidade Frutal. Pesquisador no "Centro de Estudos Interdisciplinares de Direito e Inovação - CEINDI" (UEMG/Frutal). Membro dos grupos de estudo, respectivamente certificados pelo CNPq: "PEPECA: Pesquisas e Estudos em Práticas Educativas, Corpo e Ambiente" (UFS/Itabaiana); "Direito e (In)tolerância Religiosa" (UEMG/Frutal) e "IRIS: Igualdade, Reconhecimento e Inclusão Social de Minorias e Grupos Vulneráveis" (UEMG/Ituiutaba).

Referencias

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.

ANDIFES e FONAPRACE In: RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019.

CARNEIRO, Sueli. (2011). Enegrecer o Feminismo: a situação da mulher negra na

américa latina a partir de uma perspectiva de gênero. Disponível em: https://www.

geledes.org.br/enegrecer-o-feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-americalatina-

partir-de-uma-perspectiva-de-genero/. Acesso em 17 dez. 2020.

COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Sociedade e estado. Brasília , v. 31, n. 1, p. 99-127, 2016 .

COLLINS, Patricia Hill. Feminismo negro e a política do empoderamento. Seminário Internacional "Democracia em colapso?". online. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3xOO50dr3bk&t=1650s. Acesso em: 10 dez. 2020.

COLLINS, Patricia Hill. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo, v. 5, n. 1, p. 6-17, 2017.

CORRÚA, Laura Guimarães; Pâmela Guimarães-Silva; Mayra Bernardes; Lucianna Furtado. Entre o interacional e o interseccional: Contribuições teórico-conceituais das intelectuais negras para pensar a comunicação. Revista ECO-Pós, v. 21, n. 3, p. 147-169, 2018.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, 2002.

GEMAA, Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa. Levantamento das políticas de ação afirmativa: Políticas de Ação Afirmativa nas Universidades Federais e Estaduais (2013-2018). Rio de Janeiro. IESP-UERJ, 2020.

GILKES, Cheryl Townsend. “Together and in harness”: women’s traditions in the

sanctified church. Signs, n. 10, p. 678-699, 1985.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo Afro-latino-Americano, 1988. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/271077/mod_resource/content/1/Por%20um%20feminismo%20Afro-latino-americano.pdf. Acesso em: 15 dez. 2020.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatísticas de gênero. 2018. Disponível em: https://ceert.org.br/noticias/educacao/21396/ibge-apenas-10-das-mulheres-negras-completam-o-ensino-superior. Acesso em 15 dez. 2020.

MARTINS, Aline Correia. DARIA A MINHA VIDA A QUEM ME DESSE O TEMPO: PENSANDO O CORPO DA NEGRA E MULHER NO ESPAÇO PÚBLICO E ESCOLAR. Revista Docência e Cibercultura, v. 3, n. 3, p. 128-149, 2019.

KING, Mae. The politics of sexual stereotypes. Black Scholar, n. 4, p. 12-23, 1973.

MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de Metodologia da Pesquisa no Direito. São Paulo: Saraiva 2019.

MUNANGA, Kabengele (org.) Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2008. In. TERRA, Lívia Maria. NA INTERSECCIONALIDADE QUE SE ACHA A QUESTÃO: RAÇA, GÊERO E EDUCAÇÃO NA PRODUÇÃO DE IDENTIDADES NEGRAS FEMININAS. Novos Olhares Sociais, v. 2, n. 2, p. 150-171, 2019.

MUNIZ, Jerônimo Oliveira. Sobre o uso da variável raça-cor em estudos quantitativos. Rev. Sociol. Polit., Curitiba , v. 18, n. 36, p. 277-291, 2010.

RIBEIRO, DJAMILA. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos estud. - CEBRAP, São Paulo , n. 79, p. 71-94, 2007.

SANTOS, João Paulo Lopes dos; MOREIRA, Núbia Regina. Mulher negra e educação superior: impasses históricos e atuais. XII Colóquio Nacional e V Colóquio Internacional do Museu Pedagógico, 2017. Disponível em: http://periodicos.uesb.br/index.php/cmp/article/viewFile/6935/pdf_627

TERRA, Lívia Maria. Na interseccionalidade que se acha a questão: raça, gênero e educação na produção de identidades negras femininas. Novos Olhares Sociais, v. 2, n. 2, p. 150-171, 2019.

Publicado

2021-10-04

Número

Sección

Artigos