JULGAMENTOS INCONSCIENTES: COMO FATORES PSICOLÓGICOS E COGNITIVOS INFLUENCIAM NA EFICIÊCIA DA JUSTIÇA CRIMINAL

Resumo

De acordo com pesquisas científicas da área da Psicologia Cognitiva, julgamentos não são baseados somente em leis e fatos. O presente artigo relata uma série de estudos que questionam a eficiência da justiça criminal quanto a racionalidade e efetividade das sentenças. Existem fatores psicológicos que afetam o pensamento dos magistrados e os submetem a influências extralegais, que inevitavelmente vem a definir o passado e o futuro de uma vida. Os estudos trabalham no campo do inconsciente dos juízes e jurados: Uma pausa no expediente, a atratividade física do réu, ou o rolar aleatório de dados: Esses e outros fatores mostraram-se variáveis impactantes no momento de decisão. Os estereótipos, preconceitos ou o estado atual de humor não deveriam ser atores relevantes, mas, como veremos, a justiça pode ser “ que o juiz comeu no café da manhã”, em oposição à ideia que “a justiça é cega”.
Esses citados fatores mostraram que faz sentido que coloquemos em dúvida nossos mecanismos de fazer justiça. O objetivo do estudo é investigar os fenômenos psicológicos inconscientes de julgamentos criminais e seus impactos nas sentenças. Para tanto, a metodologia empregada foi revisional, a partir de artigos científicos que abordaram o tema de forma empírica e quantitativa.