JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO NO BRASIL: O DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE E AS IMPLICAÇÕES JURÍDICAS DA LEI DE ANISTIA

Autores

  • Maria Laura Silva de FIGUEIREDO Faculdade de Direito de Franca (FDF), Franca/SP
  • Fábio Cantizani GOMES Faculdade de Direito de Franca (FDF), Franca/SP

DOI:

https://doi.org/10.21207/2675-0104.2019.936

Palavras-chave:

de transição. Anistia. Ditadura militar. Esquecimento.

Resumo

O intuito final do presente trabalho é averiguar as implicações jurídicas da Lei de Anistia, que deu início ao processo brasileiro de transição. Para tanto, utilizou-se da pesquisa bibliográfica, cuja contribuição para o desenvolvimento deste trabalho foi imprescindível, bem como a pesquisa documental. Dentre diversos temas, ao longo da análise é ressaltada a importância do julgamento da ADPF 153 e o papel do Supremo Tribunal Federal como legitimador de uma transição baseada no esquecimento. Com a pesquisa, foi possível concluir que os resquícios do autoritarismo do período da ditadura civil-militar brasileira ainda se fazem presentes no cotidiano da sociedade brasileira.

Biografia do Autor

  • Fábio Cantizani GOMES, Faculdade de Direito de Franca (FDF), Franca/SP
    Possui graduação em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1994) e mestrado em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004). Doutorando pelo Centro Universitário de Bauru da Instituição Toledo de Ensino (2018). Atualmente é professor titular de Direito Constitucional da Faculdade de Direito de Franca e da Universidade de Franca. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Constitucional.

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Publicado

2020-05-07

Edição

Seção

Pesquisas Científicas com Fomento Interno